Uma das primeiras preocupações de um policial a serviço das Nações Unidas ao chegar em sua área de missão são as acomodações. Essa é uma pergunta que sempre me fazem: Tem alojamento? Bom, a resposta pode ser “sim” e “não”. Na maioria das vezes é “não”, mas isso não significa que você viverá melhor ou gastará menos caso receba alojamento da ONU. Tentarei explicar de forma resumida.
Não. As missões da Guiné Bissau, Haiti e Timor Leste não possuem acomodações nas bases. Todo o pessoal da ONU deve procurar local para morar. Normalmente são utilizadas casas ou hotéis, sendo que esta última opção é encontrada mais facilmente nas capitais. Já quem está no interior tem que se contentar com o que a região oferece. A escolha fica a critério do UNPOL e alguns parâmetros são estabelecidos como senso comum: Segurança, localização e preço. Se Você conseguir aliar todos, se considere uma pessoa de sorte. Nem sempre é possível. Logicamente a segurança vem em primeiro lugar.
Sim. A missão do Sudão do Sul oferece acomodações para o pessoal da ONU. Mas esta missão tem uma característica diferente. A pouca infra-estrutura do país não oferece condições de viver fora das bases da ONU, quer seja pelas condições das moradias ou principalmente pela questão de segurança. Por isso a missão moldou-se de forma a oferecer acomodações ao UN Staff. Encontramos alas residenciais em todas as bases.
Em Juba existem duas bases: a base ao lado do aeroporto, onde está localizado o alto comando da missão, e a nova base de Juba III. Esta foi recém inaugurada, localizada fora da zona urbana, para onde se transferiram a maioria das seções policiais e militares da capital. Em ambas temos alas residenciais com toda a estrutura sanitária necessária. A nova base de Juba III apresenta uma inovação: foram construídas casas de alvenaria tipo sobrado que podem abrigar 4 pessoas, ainda não foram inauguradas, mas estão prontas. Segundo informações o aluguel será em torno de 2.500 dólares. Na base do aeroporto existem aproximadamente cinco alas residenciais, sendo que quatro são de contêineres e uma de Barracas. Mesmo assim a fila de espera para um contêiner é de aproximadamente 6 meses. Ou seja, se você ficar na capital provavelmente enfrentará problemas. Na foto abaixo, um das alas residenciais da base do aeroporto.
Não. As missões da Guiné Bissau, Haiti e Timor Leste não possuem acomodações nas bases. Todo o pessoal da ONU deve procurar local para morar. Normalmente são utilizadas casas ou hotéis, sendo que esta última opção é encontrada mais facilmente nas capitais. Já quem está no interior tem que se contentar com o que a região oferece. A escolha fica a critério do UNPOL e alguns parâmetros são estabelecidos como senso comum: Segurança, localização e preço. Se Você conseguir aliar todos, se considere uma pessoa de sorte. Nem sempre é possível. Logicamente a segurança vem em primeiro lugar.
Sim. A missão do Sudão do Sul oferece acomodações para o pessoal da ONU. Mas esta missão tem uma característica diferente. A pouca infra-estrutura do país não oferece condições de viver fora das bases da ONU, quer seja pelas condições das moradias ou principalmente pela questão de segurança. Por isso a missão moldou-se de forma a oferecer acomodações ao UN Staff. Encontramos alas residenciais em todas as bases.
Em Juba existem duas bases: a base ao lado do aeroporto, onde está localizado o alto comando da missão, e a nova base de Juba III. Esta foi recém inaugurada, localizada fora da zona urbana, para onde se transferiram a maioria das seções policiais e militares da capital. Em ambas temos alas residenciais com toda a estrutura sanitária necessária. A nova base de Juba III apresenta uma inovação: foram construídas casas de alvenaria tipo sobrado que podem abrigar 4 pessoas, ainda não foram inauguradas, mas estão prontas. Segundo informações o aluguel será em torno de 2.500 dólares. Na base do aeroporto existem aproximadamente cinco alas residenciais, sendo que quatro são de contêineres e uma de Barracas. Mesmo assim a fila de espera para um contêiner é de aproximadamente 6 meses. Ou seja, se você ficar na capital provavelmente enfrentará problemas. Na foto abaixo, um das alas residenciais da base do aeroporto.
Nas bases existentes nas 10 capitais Estaduais também encontramos alas residenciais, sendo que a fila de espera é menor ou, em alguns locais, existem contêineres disponíveis de imediato. Isso ocorre porque a maioria dos UNPOLs africanos, mais adaptados às condições do ambiente, moram fora das bases. Nas capitais também temos boas condições e estrutura sanitárias com banheiros coletivos. Na foto abaixo, parte da ala residencial da base de Bor, capital do Estado de Jonglei onde trabalho. No lado esquerdo vemos os banheiros coletivos e na direita os contêineres de moradia.
Já se você for classificado em um CSB – County Support Base – que é o nome dado às bases da ONU localizadas nas cidades do interior, esteja preparado para morar em barracas dividindo o espaço com outros 4 ou 5 UNPOLs. Existem CSBs que possuem certa estrutura, principalmente os mais antigos. Eu conheço a realidade apenas de Akobo, mas sei que os outros CSBs não são muito diferentes. Em Akobo somos 10 UNPOLs dividindo 2 barracas. São 6 em uma e 4 em outra. Esta última barraca tem um número menor de UNPOLs porque também é utilizada como o nosso escritório. As barracas também são utilizadas como cozinha. Ambas possuem ar condicionado e ventilador de teto. No entanto, as condições sanitárias são precárias, pois temos banheiros coletivos, mas não temos sistema hidráulico. Ou seja, temos que tomar banho de balde e caneca, bem como usamos balde para dar descarga no banheiro (foto abaixo).
Também não temos água potável à disposição. Somos abastecidos duas vezes por semana com vôos da ONU que partem de Bor para Akobo com água tratada na Base de Bor. Bom, nem tudo são agruras nos CSBs. Devido ao fato de estarmos morando em barracas de uso coletivo, tipo alojamento (foto abaixo), a ONU não nos cobra nada por isso.
Ou seja, em dois meses de estadia em Akobo eu economizo 1.281 dólares, aproximadamente o valor de uma passagem, ida e volta, ao Brasil. Atualmente o valor da passagem está entre 1.400 a 1.700 dólares, dependendo da disponibilidade dos dias, rotas e empresas aéreas escolhidas. Ainda dentro deste tema, a ONU paga as despesas de viagem (passagens aéreas) apenas no começo e no final da missão. Todas as viagens realizadas nos períodos de folga durante a missão correm por conta do UNPOL.
Uma última informação, para saciar a curiosidade de muitos, o valor da diária que a ONU nos paga aqui na Missão do Sudão do Sul é de 136 dólares. Sendo que no primeiro mês, tendo em vista despesas extras necessárias para o início da missão, a diária é de 188 dólares.