Relendo o post no blog do Carrera sobre a perda de espaços e oportunidades do Brasil mandar mais policiais militares para missões de paz, especialmente para o Timor Leste, o que foi alvo de debate no grupo UNPOL, bem como a matéria que postei aqui no blog sobre o plano de retirada das tropas do haiti a partir do 2º Semestre de 2011, lembrei-me da visita que o Presidente Lula fez ao Haiti em Maio do ano passado. Eu estava presente no BRABATT (Brazilian Battalion) juntamente com os demais policiais do contingente brasileiro – foto do palanque oficial da cerimônia.
O Presidente Lula, juntamente com vários ministros dentre os quais o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, aproveitou a viagem a El Salvador para participar de uma reunião de Chefes de Estado e fez uma escala de 6 horas no Haiti. Durante sua estada em solo haitiano Lula reuniu-se com o Presidente René Préval, do qual ouviu um apelo para que o Brasil, tendo em vista a situação relativamente estável do Haiti, diminuisse o número de militares e aumentasse o número de policiais, bem como auxiliasse o país em obras de engenharia e infraestrutura, fato amplamente divulgado na imprensa haitiana e brasileira, como no portal G1, no diário do Nordeste e o site da Conlutas.
Decorrido pouco mais de um ano deste fato, nada mudou para nós policiais. No entanto, o plano da ONU de retirada gradual de efetivo (entenda-se efetivo militar), bem como da manutenção e possível ampliação do contingente UNPOL, pode abrir caminho para que o Brasil aumente a presença Policial no Haiti. Acredito que isso possa acontecer a partir do momento que o governo brasileiro e o Itamaraty entenderem que a presença policial também é um fator importante de representatividade internacional do país. É só dar uma olhada no contingente policial que os países que tem cadeira cativa no Conselho de Segurança cedem para as missões de paz. Penso que este é o caminho para que possamos ter, em um futuro próximo, uma FPU(Formed Police Unit) brasileira em uma Missão de Paz. Esclarecendo aos que possam não ter conhecimento que a FPU é uma tropa policial constituída, aquartelada, aos moldes de um Batalhão de choque. No período em que estive no Haiti haviam 08 FPUs – eram 02 da Jordânia, 01 da China, 01 da Nigéria,01 do Paquistão e 01 do Senegal, todas na capital, e 01 do Paquistão em Gonaives e 01 do Nepal em Cap Haitian. A exceção da FPU do Senegal que era composta por 85 policiais, todas as demais possuiam um efetivo de 125 homens. Após minha saída chegou mais uma FPU, a da India.
Levando-se em conta que nenhuma corporação estadual teria condições de abrir mão de uma tropa de choque especializada, vislumbro na Força Nacional esta tropa especial necessária para compor a primeira FPU brasileira. Lembro, ainda, que o efetivo de praças em uma FPU não precisa ter conhecimento de idioma, visto que trabalham sempre com intérpretes, o que facilitaria ainda mais a escolha do efetivo. Apenas para o corpo de oficiais haveria a necessidade de teste de idioma.
Acredito que esta idéia possa ser trabalhada pelos UNPOLs brasileiros que estão atualmente em missão em suas conversas com os Embaixadores e funcionários de alto escalão das Embaixadas brasileiras.
Não custa sonhar!
O Presidente Lula, juntamente com vários ministros dentre os quais o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, aproveitou a viagem a El Salvador para participar de uma reunião de Chefes de Estado e fez uma escala de 6 horas no Haiti. Durante sua estada em solo haitiano Lula reuniu-se com o Presidente René Préval, do qual ouviu um apelo para que o Brasil, tendo em vista a situação relativamente estável do Haiti, diminuisse o número de militares e aumentasse o número de policiais, bem como auxiliasse o país em obras de engenharia e infraestrutura, fato amplamente divulgado na imprensa haitiana e brasileira, como no portal G1, no diário do Nordeste e o site da Conlutas.
Decorrido pouco mais de um ano deste fato, nada mudou para nós policiais. No entanto, o plano da ONU de retirada gradual de efetivo (entenda-se efetivo militar), bem como da manutenção e possível ampliação do contingente UNPOL, pode abrir caminho para que o Brasil aumente a presença Policial no Haiti. Acredito que isso possa acontecer a partir do momento que o governo brasileiro e o Itamaraty entenderem que a presença policial também é um fator importante de representatividade internacional do país. É só dar uma olhada no contingente policial que os países que tem cadeira cativa no Conselho de Segurança cedem para as missões de paz. Penso que este é o caminho para que possamos ter, em um futuro próximo, uma FPU(Formed Police Unit) brasileira em uma Missão de Paz. Esclarecendo aos que possam não ter conhecimento que a FPU é uma tropa policial constituída, aquartelada, aos moldes de um Batalhão de choque. No período em que estive no Haiti haviam 08 FPUs – eram 02 da Jordânia, 01 da China, 01 da Nigéria,01 do Paquistão e 01 do Senegal, todas na capital, e 01 do Paquistão em Gonaives e 01 do Nepal em Cap Haitian. A exceção da FPU do Senegal que era composta por 85 policiais, todas as demais possuiam um efetivo de 125 homens. Após minha saída chegou mais uma FPU, a da India.
Levando-se em conta que nenhuma corporação estadual teria condições de abrir mão de uma tropa de choque especializada, vislumbro na Força Nacional esta tropa especial necessária para compor a primeira FPU brasileira. Lembro, ainda, que o efetivo de praças em uma FPU não precisa ter conhecimento de idioma, visto que trabalham sempre com intérpretes, o que facilitaria ainda mais a escolha do efetivo. Apenas para o corpo de oficiais haveria a necessidade de teste de idioma.
Acredito que esta idéia possa ser trabalhada pelos UNPOLs brasileiros que estão atualmente em missão em suas conversas com os Embaixadores e funcionários de alto escalão das Embaixadas brasileiras.
Não custa sonhar!
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