O Conselho de Defesa Nacional da Guiné Bissau se reuniu no último domingo para discutir a situação interna do país. A reunião contou com a presença do Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, e do Primeiro-Ministro Carlos Gomes Junior. Ao final do encontro o porta-voz da presidência, Soares Sambú, anunciou que o governo guineense, atendendo o apelo da comunidade internacional, aceitou a presença de uma Missão de Estabilização no país. Esta é uma decisão do poder civil com o objetivo de estabilizar a situação interna que vem sofrendo com constantes interferências do setor militar na vida política da Guiné Bissau. O caso mais grave ocorreu em março do ano passado quando o então Presidente João Bernardo Vieira foi assassinado por integrantes do exército após a morte, em um atentado com explosivos, do chefe do Estado-Maior do Exército, general Tagmé Na Waie. Já em abril deste ano correu uma tentativa de golpe militar que acarretou o afastamento do Chefe do Estado-Maior, Almirante Zamora Induta, e na detenção e agressão do Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior. O atual comandante militar é o general António Indjai, um dos principais responsáveis pelo golpe. Logo após assumir o comando Indjai promoveu uma série de alterações nas chefias militares do país. As nomeações dos militares foram recebidas com alguma estranheza por parte da comunidade internacional, uma vez que alguns dos nomeados são acusados de envolvimento com o narcotráfico, acusação que também esteve na base da forte rejeição internacional à nomeação de António Indjai.
O porta-voz da presidência destacou, ainda, que a medida adotada pelo Presidente Sanhá se insere nas tentativas do Presidente de “criar consenso e tentar difundir toda a informação relativamente às principais decisões em relação à Guiné-Bissau, particularmente em relação aos esforços que estão sendo desenvolvidos junto da comunidade internacional na mobilização de apoios para o processo da reforma do setor de Defesa e Segurança”.
Segundo a fonte do governo guineense, a força de estabilização terá o apoio da ONU, da União Africana, da CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) e da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). A cúpula militar ainda não se pronunciou sobre a decisão tomada pelo Conselho de Defesa Nacional, no entanto fontes guineenses disseram que os militares deverão aceitar, mesmo que contrariados, a presença da força internacional em seu país.
O porta-voz da presidência destacou, ainda, que a medida adotada pelo Presidente Sanhá se insere nas tentativas do Presidente de “criar consenso e tentar difundir toda a informação relativamente às principais decisões em relação à Guiné-Bissau, particularmente em relação aos esforços que estão sendo desenvolvidos junto da comunidade internacional na mobilização de apoios para o processo da reforma do setor de Defesa e Segurança”.
Segundo a fonte do governo guineense, a força de estabilização terá o apoio da ONU, da União Africana, da CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) e da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). A cúpula militar ainda não se pronunciou sobre a decisão tomada pelo Conselho de Defesa Nacional, no entanto fontes guineenses disseram que os militares deverão aceitar, mesmo que contrariados, a presença da força internacional em seu país.
Ainda não está definido o formato da missão, mas Angola, Timor Leste e Portugal se pronunciaram hoje sobre a questão. O Presidente angolano já acenou com a disponibilidade de militares para integrar a missão. O Primeiro Ministro timorense, Xanana Gusmão, que exerce também a função de Ministro da Defesa, admitiu que militares timorenses poderão integrar a esforço internacional afirmando que “ é nosso dever ajudar os países irmãos, mas ainda vamos estudar”. Este foi o mesmo posicionamento do Presidente timorense, Ramos-Horta, o qual declarou que “é uma prerrogativa do governo soberano da Guiné-Bissau. Se eles desejam uma força das Nações Unidas, espero que a ONU responda que sim”. Por outro lado, o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, declarou à imprensa que acredita que não serão necessárias forças portuguesas nesta missão de estabilização.
Atualmente a ONU desenvolve uma missão política na Guiné Bissau, a UNIOGBIS (United Nations Integrated Peace-Building Office in Guinea-Bissau) que conta com a participação de 05 UNPOLs brasileiros desde de fevereio deste ano e tem como atribuição principal a reformulação e estruturação do setor de segurança do país. A UNIOGBIS está a cargo do DPA – Department of Political Affairs - das Nações Unidas. Já a nova missão, caso se concretize, estará a cargo do DPKO.
Atualmente a ONU desenvolve uma missão política na Guiné Bissau, a UNIOGBIS (United Nations Integrated Peace-Building Office in Guinea-Bissau) que conta com a participação de 05 UNPOLs brasileiros desde de fevereio deste ano e tem como atribuição principal a reformulação e estruturação do setor de segurança do país. A UNIOGBIS está a cargo do DPA – Department of Political Affairs - das Nações Unidas. Já a nova missão, caso se concretize, estará a cargo do DPKO.
2 comentários:
Partindo do principio que as palavras ditas pelo "porta-voz" estão em italico deduzo que quando escreve "O caso mais grave ocorreu no início de abril deste ano com a tentativa de golpe militar que acarretou o afastamento do Chefe do Estado-Maior, Almirante Zamora Induta, e na detenção e agressão do Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior", sejam palavras suas. Se acha que o afastamento de Zamora Induta e a detenção do Primeiro-Ministro sejam mais graves que o assassinato do CEMGFA e do Presidente da Républica em 2009, então tenho que duvidar do seu discernimento e deste blog
Caro leitor
Muito obrigado pela sua participação. Vou fazer a correção no texto, pois logicamente o assassinato do Presidente João Bernardo Vieira e do chefe do CEMGFA é um fato muito mais grave. Ocorre que ao escrever o texto me detive aos fatos ocorridos neste ano.
Continue participando dos debates.
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