sábado, 1 de abril de 2017

Capitão Wasenkeski completa 12 meses de Missão na Guiné Bissau

O Capitão Wagner Estanislau Wasenkeski é o 22º Oficial da Brigada Militar a ser designado para compor uma Missão de Paz da ONU, história que começou em 17 de junho de 1993 quando o primeiro grupo de 10 Oficiais gaúchos chegou a El Salvador para integrar a ONUSAL (United Nations Observer Mission in El Salvador). O Capitão Wasenkeski está desde 17 de fevereiro de 2016 na UNIOGBIS (United Nations Integrated Peacebulding Office in Guinea-Bissau), missão que também já recebeu o Major Tales Américo Osório em 2010. A Guiné Bissau é um país situado na região noroeste do continente Africano e tem suas fronteiras, ao norte, com o Senegal, ao sul, com a Guiné e a oeste com o Oceano Atlântico. Nos primeiros 9 meses de missão, o Capitão Wasenkeski foi designado para trabalhar na capital do país, Bissau, onde desenvolveu atividades de patrulhamento, planejamento e instrução aos policiais locais a cerca de vários assuntos técnicos profissionais voltados às ações de segurança pública no país, destacando-se o esforços para implantação do modelo de polícia comunitária, com uma maior aproximação dos policiais das comunidades onde trabalham. Na foto abaixo vemos o Capitão Wasenkeski durante instrução aos policiais locais.

Outra atividade importante desenvolvida pelo Capitão Wasenkeski é o contato com as crianças locais, oportunidades em que o Oficial, através do contato com as comunidades e palestras em escolas para os alunos e seus pais, repassa os modelos de tomada de decisão do Programa de Resistências às Drogas e à Violência (PROERD), destacando a importância da educação e da permanência das crianças nas escolas.


Na segunda fase da missão, iniciada em 17 de novembro de 2016, o Capitão Wasenkeski foi transferido para Bubaque, ilha situada a 6 horas de barco da Capital Bissau, onde exerce suas atividades juntamente com um UNPOL espanhol, tendo como atividades principais as investigações de crimes como tráfico de crianças, violência doméstica e violações do direitos humanos. As condições de vida em Bubaque, como se poderia imaginar, são mais precárias do que na capital do país, tendo o Capitão Wasenkeski encontrado uma situação de grande pobreza da população local. Outro problema enfrentado é a dificuldade de comunicação, pois a maioria da população fala um dialeto diferente do português, língua oficial do país.
Mesmo em Bubaque o Capitão Wasenkeski continua com seu trabalho junto às crianças e às famílias, enfatizando a necessidade de permanência na escola e tentando mudar uma situação cultural do país, o trabalho infantil com o consequente abandono dos estudos.



Falando da missão, o Capitão Wasenkeski destaca que: ”Somos três Oficiais brasileiros, comigo estão um Major e um Tenente do Rio Grande do Norte. A equipe de UNPOLs é composta por 16 integrantes oriundos, além do Brasil, da Colômbia, do Timor leste, de Portugal, do Senegal, de Cabo Verde, da Espanha, de Ghana, dos Estados Unidos e da Índia. Mas na missão, com todas as seções, há mais de vinte países representados. A missão UNIOGBIS tem em torno de 150 no staff. Temos um Coronel do Exército Brasileiro como Sênior Military Adviser Morei dividindo apartamento com dois brasileiros quando na capital e atualmente moro só, numa pousada na ilha de Bubaque.”


 O Capitão Wasenkeski recebeu 6 meses de extensão em seu período de missão e a previsão de retorno ao Brasil é para agosto de 2017.

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