quarta-feira, 30 de junho de 2010

UNPOLs vão treinar 16.000 policiais no Sudão

O Coordenador Regional para o Sul do Sudão, David Gressly, declarou em uma coletiva com a imprensa na última segunda-feira em Juba que UNPOLs da Missão de Paz da ONU no Sudão - UNMIS - farão o treinamento de 16.000 policiais sudaneses até o final deste ano. Este treinamento faz parte dos preparativos da ONU e do governo do Sudão para o referendo que será realizado em janeiro de 2011 e decidirá sobre a separação da região sul do resto do país. A ONU vai fornecer apoio logístico e técnico à Comissão do Referendo. Gressly enfatizou que o comando da missão e o Governo do Sudão do Sul estão trabalhando duro para desmobilizar 20 mil ex-combatentes só este ano e que a média de desmobilizados é de 5 a 10 ex-combatentes por dia.
Os UNPOLs brasileiros, Capitão Emerson (PMSC) e 1º Tenente Mello (PMESP), já estão plenamente integrados a atividade de treinamento, como mostra a foto acima em que ambos os oficiais aparecem ministrando instrução de controle de distúrbios civis para uma tropa de choque sudanesa.
Fonte: Reliefweb

domingo, 27 de junho de 2010

Histórias de Missão: A chegada inusitada em Porto Príncipe

Durante a semana que passou, mais especificamente no dia 23 de junho, completaram exatos 3 anos de minha chegada em Porto Príncipe para me integrar a Missão de Paz da ONU no Haiti -MINUSTAH. Já nos primeiros dias de missão comecei a escrever uma espécie de diário onde relatava as impressões sobre o dia-a-dia. O primeiro texto que produzi foi exatamente sobre a viagem e a recepção na capital haitiana, as quais foram cheias de percalços. Compartilho agora com os amigos esta experiência, a qual poderia se encaixar perfeitamente na série "só acontece comigo":
"O período de viagem, entre o embarque e desembarque de aeronaves nas conexões e o tempo perdido nas alfândegas, é o momento em que o policial tem o tempo para refletir e imaginar o ambiente que o espera, as dificuldades que poderá enfrentar e as conquistas profissionais e pessoais que almeja alcançar.
Para nós brasileiros, na maioria das vezes, a viagem é em grupo, fato que ajuda a superar alguns percalços como, por exemplo, o idioma. Cada policial chega a esta fase do processo trazendo consigo um conhecimento prévio sobre a língua estrangeira ligado a realidade que vivencia. Muito embora o teste de seleção aplicado pelo COTER tenha selecionado os mais aptos, alguns policiais veem na viagem de ida para a missão a primeira oportunidade de testar realmente a fluência no idioma fora do país.
Para mim a viagem de ida foi diferente e angustiante, pois não havia outro policial brasileiro comigo e tive que superar os obstáculos sozinho. Esta foi a minha primeira viagem ao exterior, excluindo-se os países de língua espanhola que compõem o mercosul, dos quais tive a oportunidade de conhecer Argentina, Uruguai e Chile. A experiência, apesar de penosa, foi gratificante, pois quanto antes você é testado sobre sua fluência no idioma estrangeiro, mais rápida será sua adaptação ao ambiente de trabalho.
Minha viagem e chegada ao Haiti, bem como meu primeiro contato com a MINUSTAH foram marcantes. Já de início senti os rigores da mudança climática, pois ao desembarcar no aeroporto internacional Toussaint Louverture encontrei um calor escaldante de 42°C. Vinte quatro horas antes eu havia embarcado em Porto Alegre sob uma temperatura de apenas 5°C, normal para o final do outono gaúcho.
A temperatura talvez fosse o prenúncio da situação que eu estava prestes a enfrentar, pois não bastasse o calor, não havia ninguém da Unidade de Induction Training para me receber. Cabe destacar que naquela situação o erro não pode ser atribuído à unidade. O fato é que embarquei no Brasil em pleno início do caos aéreo ocorrido em junho de 2007 em todo o país. Atrasos e cancelamentos de vários vôos ocorreram no dia do meu embarque em Guarulhos, principalmente os com destino à américa do norte e europa. No meu caso específico, o voo sofreu um atraso de aproximadamente duas horas e meia, período em que ficamos dentro da aeronave esperando ordem da torre para inicar os procedimentos de decolagem. A consequência disso foi a perda da conexão em Miami.
Cheguei em Porto Príncipe três horas após o previsto e, como não tive como avisar o setor de pessoal da missão ou mesmo os brasileiros que estavam lá, não havia ninguém me esperando.
A situação no lado de fora do aeroporto era confusa, do ponto de vista do que conhecemos como portão de desembarque internacional aqui no Brasil. Muitas pessoas se aglomeravam sob um toldo verde para se proteger do sol forte enquanto esperavam parentes e amigos que chegavam de viagem (fotos abaixo). A estas pessoas, porém do lado de dentro da cerca e próximo aos passageiros, somavam-se muitos carregadores de malas se acotovelando a fim de conseguir alguns clientes. Além disso, a língua falada era o creóle (derivação do francês), um dos idiomas oficiais do Haiti e que até aquele momento era totalmente estranho para mim. As pessoas falavam alto dando a impressão que estavam brigando entre si.
Esperei por cerca de 30 minutos na parte interna do aeroporto próximo à porta de saída e, como ninguém apareceu para me receber, resolvi sair e buscar auxílio para chegar a alguma unidade da ONU. Avistei um policial haitiano em frente ao portão de desembarque e me dirigi a ele na esperança que falasse inglês, no momento em que pus o pé para fora do aeroporto fui literalmente “atacado” pelos carregadores de mala os quais buscavam nada mais que alguns dólares. A atitude dos carregadores, depois tive a oportunidade de verificar várias vezes, era normal naquela situação. Pareciam estar brigando entre si, no entanto não faziam aquilo com má intenção, apenas buscavam um cliente. Confesso que fiquei um pouco assustado no começo.
Para minha sorte o policial a que me dirigi, e muitos outros que conheci no decorrer da missão, falava inglês fluentemente. Expliquei a ele meu problema e o mesmo demonstrou interesse em me ajudar.
Primeiramente o policial me perguntou se eu tinha algum número de telefone ou o endereço de onde queria ir. Respondi-lhe que queria chegar até o quartel da MINUSTAH e que não dispunha de outras informações. Em vista disso ele se dispôs a conseguir um táxi para mim e eu aceitei a sugestão, pois não vislumbrava alternativa melhor para resolver o problema. Então o policial aconselhou-me a permanecer próximo ao portão de saída e logo após sumiu no meio da multidão. Passado alguns instantes ele retornou trazendo consigo um taxista. Neste momento minha camisa já estava encharcada de suor.
Agradeci ao policial e sai dali com o motorista em direção ao táxi que estava estacionado a uns 60 metros do local. No trajeto o taxista foi cercado pelos carregadores de mala, os quais se mostravam indignados com a situação dele estar carregando minhas malas e, desta forma, lhes tirando o cliente. Alguns xingamentos daqui e outros dali, chegamos ao táxi. Neste momento descobri que meus problemas estavam apenas começando, pois o taxista falava somente creóle e francês. E eu, naquele momento, mal sabia dizer bonjour (bom dia). A única palavra que eu falava e o taxista entendia era MINUSTAH.
Iniciamos o deslocamento e logo me deparei com outro problema, eu tinha somente notas de 20 dólares e o taxista não tinha troco suficiente. Em decorrência disso o condutor tomou a iniciativa de parar em uma esquina próxima do aeroporto e logo surgiram três ou quatro pessoas com maços de dinheiro na mão, eram os cambistas. Quando entendi o que estava acontecendo entreguei uma nota de 20 dólares a um dos homens e este entrou em uma viela e sumiu no interior da vila, logo retornou com a mão cheia de gourdes (a moeda haitiana). Até aquele momento eu não tinha mínima idéia da cotação do gourde em relação ao dólar, porém em pouco tempo eu saberia que o cambista fez o câmbio de maneira correta, sem ficar me devendo nenhum centavo.
Reiniciado o deslocamento e o nosso “diálogo” resumido à palavra MINUSTAH, logo avistei algumas viaturas brancas com o símbolo da ONU na avenida em que estávamos trafegando. Pedi ao taxista que parasse pronunciando várias vezes a palavra “STOP”, o que ele, aparentemente, entendeu, parando o táxi.
Desembarquei do veículo fiz sinal para uma viatura e o condutor parou, era um militar que falava espanhol, não identifiquei a nacionalidade, ao qual expliquei o que estava ocorrendo. O referido militar me disse que aquela situação não era normal e que deveria ter alguém do Induction Training me esperando. No entanto, mesmo estando sozinho na viatura, não se ofereceu para me ajudar ou me dar uma carona até uma das bases da ONU.
Retornei ao táxi, conformado com a situação, mas apreensivo com o seu desfecho, e reiniciamos o deslocamento para algum lugar que eu não tinha a mínima idéia de onde ficava ou quanto tempo levaria. Em determinado momento, após uns 5 minutos de viagem avistei um quartel da ONU, e para minha surpresa avistei a bandeira brasileira pintada no muro. Minha salvação! Novamente falei repetidas vezes a palavra “stop” e “Brasil”, ao que o taxista entendeu e parou o táxi em frente ao portão das armas.
Era o quartel da Companhia de Fuzileiros Navais brasileiros. Paguei ao taxista a corrida no valor aproximado de 10 dólares e desloquei até a sentinela de plantão. Ao me identificar fui prontamente acolhido pelo efetivo da guarda e pelo Oficial de serviço, os quais ficaram espantados com a minha história e a maneira como havia chegado até ali. Como já passava do meio dia o comandante me convidou para almoçar e, por ironia do destino, o cardápio servido era churrasco, ou seja, a primeira refeição que fiz em solo haitiano foi um suculento churrasco, comida típica do meu Estado.
Enquanto almoçávamos e eu contava os detalhes da minha história ao comandante, o Oficial de serviço entrou em contato com o Quartel General da ONU e informou a respeito da minha situação. O Oficial responsável pelo setor de operações dos fuzileiros navais conhecia dois (Ten PMDF Carrera e Cap BMRS Freitas) dos três policiais brasileiros que já se encontravam há seis meses na missão. Então ligou para um deles e em 15 minutos chegou uma viatura da UNPOL com o capitão Freitas, Oficial da minha turma de Academia de Policia Militar, e que já estava preocupado com a minha demora e a falta de contato após o embarque no Brasil.
Após este percalço as coisas seguiram o rumo natural e fui logo engajado no treinamento da semana inicial."

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Timor Leste: UNPOL Português morre em acidente com viatura da ONU

Policiais portugueses pertencentes à Guarda Nacional Republicana - GNR - e que integravam a Missão de Paz da ONU no Timor Leste - UNMIT - envolveram-se em um acidente de trânsito no último domingo em Dili quando deslocavam para uma missão. Um dos policiais faleceu no local em decorrência da gravidade dos ferimentos. Um segundo policial foi transferido para um hospital em Darwin na Austrália onde permanece em observação sem apresentar nenhuma lesão grave.
A representante especial da ONU para Timor-Leste, Ameerah Haq, expressou as condolências à família do militar da GNR "quero prestar homenagem ao militar português que faleceu quando ia numa missão importante (...) É uma grande tragédia e gostaria de expressar as minhas mais sentidas condolências à família e amigos".
O corpo do soldado está em Darwin, na Austrália, porque segundo o comando da missão "é essa a via para se sair de Timor-leste. Há formalidades que têm de ser feitas em Darwin. Espero que o corpo possa chegar nos próximos dias a Portugal. Estamos fazendo tudo para que as formalidades terminem o mais rápido possível".
Portugal é o segundo maior contingente policial na missão no Timor Leste com um total de 198 UNPOLs, sendo 146 policiais da GNR, 51 da PSP e 1 do SEF.

domingo, 20 de junho de 2010

A Mão Inglesa no Timor Leste

Os leitores mais antigos sabem que ano passado tivemos alguns problemas com as notícias que colocamos nos blogs, tanto eu como o Carrera, com respeito ao efetivo no Timor Leste. Sem fazer qualquer tipo de julgamento sobre aquela situação, passarei a reeditar alguns posts os quais considero importantes a nível de conhecimento para os futuros UNPOLs.
Tendo em vista que um novo contingente policial brasileiro se apresentou para a Missão de Paz da ONU no Timor Leste - UNMIT - na semana que passou, publico hoje um texto sobre o Capitão Hoffmann (Brigada Militar - APM 1995), escrito em maio do ano passado, abordando a mão inglesa no Timor Leste.
"Logo ao chegar ao Timor Leste o Cap Hoffmann enfrentou uma das tantas situações inusitadas enfrentadas pelos UNPOL ao chegar em um país com cultura e hábitos diferentes dos nossos. Ocorre que no Timor o trânsito segue as regras da chamada “mão inglesa”, ou seja, o volante do veículo localiza-se no lado direito e o tráfego se dá pela esquerda. Os veículos da ONU são adaptados a esta situação. O teste direção é semelhante ao que é realizado no Brasil, durante o processo de seleção do COTER, no entanto é necessário ser refeito na missão a fim de se obter a permissão para conduzir as viaturas da ONU. Sobre a dificuldade do teste o Cap Hoffmann disse que “o teste de direção foi fácil na verdade. A primeira vez que dirigi um carro nestas condições foi no próprio teste, mas foi sem novidades, só que cansa a cabeça, pois todo o tempo tem que estar se lembrando de que tem que ficar à esquerda. Quero ver quando chegar ao Brasil e tiver que dirigir carro com volante no lado habitual...”
O teste de direção é necessário a todo UNPOL para que possa dirigir as viaturas da ONU. Consiste em prova de balisa (garagem e estacionamento) e condução do veículo com acionamento da tração 4x4. O UNPOL tem 03 oportunidades para passar no teste. No caso de não conseguir aprovação o policial permanece na missão, mas fica proibido de conduzir qualquer viatura.

sábado, 19 de junho de 2010

Operação Policial no Haiti recaptura 30 foragidos

A Diretoria de Operações da Missão de Paz da ONU no Haiti - MINUSTAH - realizou uma operação policial em Porto Príncipe no amanhecer de ontem, sexta-feira, a qual resultou na prisão de 30 criminosos que haviam fugido da Prisão Nacional por ocasião do terremoto do dia 12 de janeiro.
A operação policial teve como alvo o "Campo Jean-Marie Vicent", localizado próximo ao antigo aeroporto militar da capital haitiana e que atualmente é o local de moradia de milhares de desabrigados do terremoto.
Segundo o porta-voz da UNPOL, Jean-Francois Vezina, a operação foi batizada de "Balayage" (em português: varredura) e contou com a presença de 180 militares brasileiros do BRABATT - Brazilian Battalion - os quais tiveram a missão de cercar a área e estabelecer o perímetro de segurança para que os 165 UNPOLs e policiais haitianos realizassem a missão policial de buscas e prisões no interior do campo de refugiados. Venzina ressaltou que durante as duas horas de operação não foi registrado nenhum incidente, bem como não foram registrados tiros ou a necessidade de uso de gás lacrimogênio por parte dos integrantes da MINUSTAH.
A operação, a maior desde o terremoto de janeiro, foi realizada em meio a notícias sobre o aumento da sensação de insegurança dos moradores destes campos de refugiados em decorrência da ação de gangues que atemorizam a população cometendo crimes como o roubo e o estupro.
As fotos abaixo, de operações policiais realizadas no pós-terremoto, nos dão uma idéia do trabalho policial que está sendo realizado atualmente no Haiti.
A primeira foto mostra uma operação policial diurna para a captura de foragidos e delinquentes em um dos muitos campos de refugiados existentes atualmente na capital haitiana.

Na foto seguinte podemos visualizar um grupo de policiais da ONU realizando uma reunião preparatória para uma operação noturna. Notem que a "mesa" na qual os UNPOLs analisam e estudam o mapa do objetivo é o capô de uma viatura.

A última foto mostra a preparação do comboio de viaturas para iniciar o deslocamento até o local designado para a missão. As operações realizadas pela polícia da ONU no Haiti sempre demandam um grande número de viaturas para o transporte de pessoal (equipes policiais de coordenação, pelotões de choque, equipes táticas - SWAT, entre outras)

Fonte: Jornal Zero Hora e site abc4.com

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Palestra sobre a ONU

Ontem, pela manhã e à noite, e hoje de manhã eu tive a oportunidade de palestrar para alunos do Curso de Direito da Faculdade Meridional - IMED - onde sou acadêmico do 9º semestre. Ontem palestrei para os alunos da disciplina de Teoria das Relações Internacionais onde abordei o tema: O serviço policial nas Nações Unidas e as Missões de Paz. Hoje apresentei um trabalho para a minha turma, na disciplina de Direitos Humanos, com o tema: "ONU: Limites e possibilidades de intervenção das Nações Unidas".
Em ambas as oportunidades pude esclarecer aos alunos sobre a estrutura organizacional da ONU, os aspectos principais do Conselho de Segurança, o DPKO e as características de uma missão de paz multidimensional onde diferenciei as atribuição de cada seguimento: Policial, Militar e Civil. Principalmente diferenciando a missão dos militares brasileiros no Haiti da missão desempenhada pelos Policiais das Nações Unidas - UNPOL.
Por fim, falei sobre a experiência vivenciada nos 12 meses em que estive no Haiti no período de junho de 2007 à junho de 2008.
A notícia sobre a palestra com as fotos pode ser visualizada no site da Faculdade IMED.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ferramenta de Pesquisa

Caros amigos, como muitos já devem ter notado, disponibilizei uma nova ferramenta de pesquisa no blog na barra lateral. Estou marcando os posts por assunto, ainda não consegui marcar todos, a fim de facilitar o acesso dos leitores aos temas específicos como missões, Cursos, PMs e outros.
Verifiquei esta necessidade pois já atingimos a marca de 229 posts desde o início em julho do ano passado e muitas informações valiosas aos futuros UNPOLs poderiam se perder pela dificuldade de acesso.
Logo estarei divulgando outras notícias das missões em andamento!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Presidente do Sudão será preso ser for à África do Sul



Nesta sexta-feira será realizada a cerimônia de abertura e na partida inaugural do Mundial da África do Sul, no estádio Soccer City de Johannesburgo. O evento contará com a presença de 20 Chefes de Estado africanos, segundo informou Ayande Ntsaluba, diretor-geral do ministério de Assuntos Exteriores sul-africano.
Ntsaluba declarou também que o presidente sudanês Omar Al-Bashir (foto) recusou o convite.
Al-Basir possui contra si, desde março de 2009, uma ordem de prisão internacional emitida pela Corte Penal Internacional por seu envolvimento no conflito de Darfur (oeste do Sudão), no qual a ONU contabiliza 300.000 mortos desde 2003.
No final de maio o Presidente sul-africano Jacob Zuma, ao ser questionado no parlamento sobre a situação do colega sudanês, disse que Al-Basir seria detido se pisasse em território sul-africano, pois "A África do Sul respeita o direito internacional e, como signatário dos tratados, aplicará a lei".
Este impedimento legal para que Al-Basir deixe seu país coincide com a declaração das Nações Unidas de que os confrontos entre rebeldes e forças do governo do Sudão deixaram cerca de 600 mortos em Darfur em maio (440 pessoas morreram em combates com soldados e 126 em confrontos com tribos rivais) fazendo deste mês o mais sangrento desde o início das atividades da UNMID em 2008.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Oficiais da Brigada Militar já estão em Joanesburgo

Desde o último dia 03 de junho uma delegação composta de 08 Oficiais da Brigada Militar está na África do sul. Os Oficiais são membros da comissão "Copa 2014" e foram escolhidos de acordo com áreas temáticas definidas como prioritárias pelo comando da corporação, sendo estas o Planejamento, as Finanças, a Tecnologia da Informação, o Controle de Multidões, Bombeiros, Armamento e Equipamentos.
A delegação foi recebida no aeroporto pelo Chefe da Polícia Metropolitana de Johannesburg - General Wyne Minnar e por uma equipe do Departamento de Polícia de Durban. Segundo o Comandante Geral da Brigada Militar, Coronel João Carlos Trindade Lopes, "Os contatos e ajustes com a Polícia da África do Sul foram iniciados há 14 meses. Toda a estrutura policial na África do Sul está à disposição para pesquisa e avaliação, inúmeras observações serão transferidas para planilhas e documentos os quais serão utilizados para fixação doutrinária, de maneira que a Brigada Militar esteja absolutamente preparada para 2014. A missão da delegação brigadiana é acompanhar o comitê central da organização da Copa do Mundo, trazendo todas as informações e conhecimentos necessários ao nosso planejamento com vistas à Copa do Mundo. Escolhemos jovens Oficiais que estarão na ativa em 2014, podendo dar uma contribuição ao que pretendemos para a Brigada Militar do futuro."
Na foto acima podemos ver, da esquerda para a direita, Major Erico, Major Brito, Major Ikeda, TCel Kleber, Major Krukoski, Major Bortuluzzi, Major Vieira e Major rodrigo.

domingo, 6 de junho de 2010

ONU autoriza aumento de UNPOLs no Haiti

O Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou o aumento de 680 policiais para a Missão de Paz no Haiti. O anuncio foi feito na última sexta-feira e , segundo a ONU, o aumento de policiais visa enfrentar um possível recrudescimento da criminalidade no Haiti com "risco de um ressurgimento da violência de gangues, do crime organizado e do tráfico de crianças". .
A Resolução estabeleceu que o aumento que eleva para 4.391 policiais em atividade no Haiti será "temporário".
Ban ki Moon havia recomendado em abril o aumento de policais em decorrência de informações que muitos criminosos estavam à solta devido à destruição da principal penitenciária haitiana no terremoto. Segundo o Secretário Geral da ONU, a Polícia haitiana precisa de ajuda da ONU para estabelecer uma presença "sustentável e visível" nos acampamentos e em outros lugares, contribuindo com um "ambiente propício" para a realização de eleições neste ano, motivo pelo qual o novo reforço será mantido pelo menos até a posse do novo governo, prevista para fevereiro de 2011.
Agora é a hora da verdade, veremos se o Brasil tem realmente interesse em aumentar o efetivo policial no Haiti!
Fonte: Site do Jornal O Globo

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Capitão Honda - PMAM - completa 2 meses de missão

O Capitão Fábio Honda Nascimento, da PMAM, já completou dois meses de serviço na Missão de Paz da ONU no Haiti – MINUSTAH – e, passado o período inicial de adaptação à rotina e aos colegas de unidade, já está em pleno desenvolvimento de suas atividades operacionais na unidade da SWAT UNPOL, a qual é subordinada à Diretoria de Operações.
Abaixo podemos visualizar algumas das atividades realizadas pelo Capitão Honda desde a sua chegada a Porto Príncipe. A primeira foto foi tirada durante o treinamento inicial denominado Induction Training, logo na primeira semana, e o Capitão Honda aparece entre UNPOLs da Costa do Marfin e do Benin.
A foto seguinte mostra o Capitão Honda, após sua designação para trabalhar na Diretoria de Operações, junto a um posto de controle do Batalhão de Choque da Nigéria (Formed Police Unit – FPU).
Nas imagens seguintes podemos visualizar atividades em operações policiais. Na primeira o Capitão Honda está junto aos integrantes da SWAT da PNH. Na segunda estão UNPOLs da SWAT da FPU da Jordânia.

Além de atividades de monitoramento da equipe da SWAT da Polícia Nacional do Haiti em operações policiais especiais, a unidade a qual pertence o Capitão Honda também recebe missões de proteção aproximada (Close Protection) de autoridades estrangeiras e das Nações Unidas que visitam o Haiti nesses meses de pós-terremoto. Durante o mês de maio a equipe acompanhou, entre outras autoridades, a cantora Cristina Aguillera, nomeada Embaixadora das Nações Unidas para o Programa Mundial de Alimentos (World Food Programme) e que esteve em Porto Príncipe visitando duas escolas. Nas fotos abaixo aparecem a equipe de uma unidade especial anti-terrorismo da Guarda Civil espanhola, a qual atuou na segurança do comboio da WFP, junto com a cantora (foto tirada dentro do Batalhão brasileiro – Brabatt – onde ela ficou hospedada durante sua estada na capital haitiana), bem como o Capitão Honda na Close Protection em uma atividade em uma das escolas.

Logo postarei outras matérias com fotos de operações policiais para que os leitores tenham uma idéia da intensidade das atividades da UNPOL em Porto Príncipe. Sucesso ao contingente policial brasileiro da MINUSTAH!