quinta-feira, 30 de julho de 2009

Avaliação de Idioma - A Vilã do processo seletivo

A prova de inglês tem se constituido na grande vilã dos processos seletivos para as missões de paz. Na minha opinião isso não se deve ao fato do candidato não ter conhecimento sufieciente do idioma, mas sim a falta de uma preparação adequada para a prova (abordarei este tema específicamente em outro tópico). A avaliação de idioma estrangeiro, normalmente inglês, é composta de 04 provas onde são testadas a compreensão auditiva , a habilidade de comunicação oral e a escrita do candidato.
A 1ª prova é relativa à compreensão de leitura: composta de um texto no idioma estrangeiro e um questionário com 10 perguntas relativas ao texto. O tempo de execução é de 15 minutos. A 2ª Prova é a de compreensão auditiva: o candidato deve responder a 10 questões de maneira discursiva, tendo por base somente as narrações ou diálogos ouvidas de um CD, o qual é passado uma única vez. Tempo para execução: 15 minutos.
A 3ª prova é a confecção de um relatório em um formulário padrão, com dados semelhantes a uma Ficha de Ocorrência ou um Boletim de Atendimento. O candidato ouve novamente um CD com a descrição de outra ocorrência, em torno de 08 a 10 minutos, anotando tudo que entender importante para a confecção do relatório. Em síntese, o relatório deve responder as seguintes questões: onde, quando, o que, como e quem. É concedido um tempo de 30 minutos para a realização do teste, o qual, como os anteriores, tem caráter eliminatório.
A 4ª e última prova é a entrevista individual. Nela o candidato é entrevistado pelo avaliador através de, no mínimo, 05 questões. Tanto as perguntas quanto as respostas devem ser orais. Os temas abordados são os mais variados possíveis, pois o que está sendo avaliado é a capacidade de entendimento e de expressão do candidato no idioma estrangeiro.
Em 2006, quando eu realizei o concurso em Brasília, me foram feitas perguntas fáceis do tipo: qual a minha comida preferida. E qual o cômodo da minha casa que mais gostava e por quê. No entanto, também tive que responder perguntas difíceis, do ponto de vista da argumentação em inglês, como: o que eu pensava sobre o planejamento ambiental para a economia do país. E o que eu pensava sobre a pena de morte.
Ainda lembro de um oficial que saiu da sala de entrevista e se dirijiu ao Coronel do Exército responsável pela seleção e disse em tom de desabafo:
brincadeira coronel, me fizeram perguntas lá dentro que até em português eu teria que pensar muito bem antes de responder, imagina em inglês...”.

Voltaremos em breve a falar deste assunto.

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