Recordo de uma longa conversa que tivemos com o Police Commissioner da MINUSTAH, Diallo Mountaga, em seu gabinete no Hotel Christopher, por ocasião da despedida do contingente policial brasileiro em dezembro de 2007. Na foto acima o PC aparece com TODO o contingente policial da MINUSTAH, Cap Freitas, Cap Marco, Maj Braga e Ten Carrera na cerimônia do Medal Parade do BRABATT. Naquela reunião o Police Commissioner disse não entender o motivo pelo qual o Brasil não possuía um contingente policial mais expressivo numericamente na missão, visto que de todos os policiais em cargo de chefia só ouvia relatos positivos sobre o excelente trabalho desenvolvido por todos os policiais brasileiros que já haviam passado pelo Haiti, sem exceções. Logicamente também veio à tona a comparação entre os contingentes brasileiros da MINUSTAH, sendo o policial, 04 Oficiais, e o militar, 1200 homens entre Oficiais e praças das três forças armadas. Em vista disso, também comentou que não entendia o motivo pelo qual o Brasil não concedia extensões aos policiais. No decorrer do diálogo o Police Commissioner expôs o seu ponto de vista a cerca do período de trabalho na missão.
Para Diallo Mountaga, o “Tour of Duty” de um ano está dividido em 04 fases distintas. Todas elas de aproximadamente 03 meses. O policial, ao chegar à área de missão, demora em média 03 meses para se adaptar ao idioma, clima, cultura, fuso horário, colegas de trabalho, alimentação e distância da família.
Passado este prazo inicial o policial começa a se familiarizar com o funcionamento da missão, sua estrutura organizacional, os seguimentos que a compõem (policial, militar e civil) e, principalmente, passa a compreender a sua função como UNPOL. Lá se vão, segundo o Police Commissioner, outros 03 meses. Ou seja, metade do seu período de missão.
A partir deste momento o UNPOL entra na terceira fase do seu Tour of Duty, na qual passa a exercer suas funções com mais desenvoltura, confiança em si mesmo e, sobretudo, pondo em prática todo o conhecimento adquirido com as experiências vividas até então. Isto facilita sobremaneira as tomadas de decisão nas situações diárias com que se depara, agregando mais qualidade na prestação do serviço. Passam-se mais 03 meses.
Na quarta fase o UNPOL está apto a assumir as funções de chefia, pois além da experiência adquirida, já possui uma visão macro da missão e está mais intimamente ligado aos objetivos gerais e aos objetivos específicos da UN Police. É justamente nesta fase que o policial começa a desacelerar, pois completa seu tempo e tem que retornar ao seu país de origem. O último mês de missão o UNPOL praticamente passa em função do último CTO – período de descanso – e dos procedimentos de check out. Administrativamente, na visão do Police Commissioner Diallo Mountaga, a missão perde muito com isso, pois se o policial tivesse ao menos uma extensão poderia contribuir de forma mais eficiente e eficaz com a missão de paz. Por isso, concluiu que a extensão é benéfica para as Nações Unidas.
Concordo plenamente com o que o PC disse naquela ocasião, mas lembro que explicamos a ele o motivo do Brasil não conceder extensões aos policiais, justamente a limitação imposta pelo nosso governo ao número de UNPOLs, tema que foi abordado no tópico anterior.
Para Diallo Mountaga, o “Tour of Duty” de um ano está dividido em 04 fases distintas. Todas elas de aproximadamente 03 meses. O policial, ao chegar à área de missão, demora em média 03 meses para se adaptar ao idioma, clima, cultura, fuso horário, colegas de trabalho, alimentação e distância da família.
Passado este prazo inicial o policial começa a se familiarizar com o funcionamento da missão, sua estrutura organizacional, os seguimentos que a compõem (policial, militar e civil) e, principalmente, passa a compreender a sua função como UNPOL. Lá se vão, segundo o Police Commissioner, outros 03 meses. Ou seja, metade do seu período de missão.
A partir deste momento o UNPOL entra na terceira fase do seu Tour of Duty, na qual passa a exercer suas funções com mais desenvoltura, confiança em si mesmo e, sobretudo, pondo em prática todo o conhecimento adquirido com as experiências vividas até então. Isto facilita sobremaneira as tomadas de decisão nas situações diárias com que se depara, agregando mais qualidade na prestação do serviço. Passam-se mais 03 meses.
Na quarta fase o UNPOL está apto a assumir as funções de chefia, pois além da experiência adquirida, já possui uma visão macro da missão e está mais intimamente ligado aos objetivos gerais e aos objetivos específicos da UN Police. É justamente nesta fase que o policial começa a desacelerar, pois completa seu tempo e tem que retornar ao seu país de origem. O último mês de missão o UNPOL praticamente passa em função do último CTO – período de descanso – e dos procedimentos de check out. Administrativamente, na visão do Police Commissioner Diallo Mountaga, a missão perde muito com isso, pois se o policial tivesse ao menos uma extensão poderia contribuir de forma mais eficiente e eficaz com a missão de paz. Por isso, concluiu que a extensão é benéfica para as Nações Unidas.
Concordo plenamente com o que o PC disse naquela ocasião, mas lembro que explicamos a ele o motivo do Brasil não conceder extensões aos policiais, justamente a limitação imposta pelo nosso governo ao número de UNPOLs, tema que foi abordado no tópico anterior.
3 comentários:
Muito bom, Marco!! Você vem fazendo um excelente trabalho ao divulgar esses fatos. Um forte abraço.
TC Braga
Parabéns, meu amigo!
Sérgio Carrera
Vamos continuar informando sobre os vários temas que compõe o universo de uma missão, quem sabe conseguimos, num esforço conjunto, aumentar estas vagas para brasileiros. Vocês leram o comentário do Bassalo no tópico anterior? É uma informação preciosa que precisa ser trabalhada.
TCel Braga, o espaço está à disposição caso o senhor queira escrever algo sobre nossa estada na MINUSTAH.
Grande abraço
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