Na manhã de hoje militares da Guiné Bissau invadiram instalações das Nações Unidas naquele país e retiraram do local o ex-chefe do Estado Maior da Marinha, Contra-Almirante José Américo Bubo Na Tchute (foto), o qual é acusado de tentativa de um golpe de Estado em agosto do ano passado. O militar havia se refugiado em Gâmbia e retornado clandestinamente à Guiné Bissau em 28 de dezembro refugiando-se nas instalações da UNOGBIS onde solicitou proteção por estar corrente risco de vida.
Desde o início deste ano o governo da Guiné reivindicava ao Secretário Geral das Nações Unidas que a ONU entregasse Tchute às autoridades do país para que fosse processado ou que o mesmo fosse devolvido para Gâmbia. Com a demora da ONU, seguinda de uma declaração de que o caso necessitaria de uma solução pacífica e dentro dos ditames legais, o governo "endureceu" o discurso e determinou a entrega imediata do militar.
O problema teve um desfecho não esperado pela ONU hoje de manhã quando os militares invadiram as instalações da UNOGBIS e resgataram Tchute, levando-o em seguida para um local desconhecido. Após esta primeira ação, os militares sequestraram o Primeiro-Minstro, Carlos Gomes Juinor, o Comandante das Forças Armadas, Zamora Induta, e outros oficiais superiores os quais foram levados ao Quartel General do Exército. Informações da imprensa internacional relatam que o Sub Comandante das Forças Armadas teria assumido o controle dos militares do País.
Momentos após o Primeiro-Ministro foi liberado e retornou ao Palácio do Governo onde reuniu-se com o alto escalão do executivo para avaliar a situação. Centenas de pessoas se reuniram em frente à sede do governo para manifestar apoio a Carlos Gomes Junior e condenar a ação dos militares. Os manifestantes gritavam palavras de ordem entre as quais "não queremos mais golpes de Estado".
A situação está tensa no país, onde existem várias reclamações a respeito da conduta dos militares e a intromissão dos mesmo em assuntos políticos e policiais.
Fonte: site do jornal La Vanguardia
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