O dia 31 de dezembro, assim como o Natal, é uma data especial com uma carga emocional muito forte, pois costumamos nos reunir com familiares e amigos para comemorar a “virada’ para o ano novo. Por isso, este dia certamente não está entre os mais indicados para se iniciar uma missão de paz. Início que por si só já é complicado. Pois foi justamente nesta data, em 2007, que chegaram a Porto Príncipe os 03 Oficiais brasileiros que passariam o ano de 2008 no Haiti. Recordo que acordei cedo naquele dia, pois deveria buscá-los no aeroporto e conduzi-los para a LOGBASE onde um UNPOL da unidade de Induction Training estaria esperando. Esta não era uma obrigação minha, mas sim uma vontade. O procedimento era uma praxe na MINUSTAH, não sei se o mesmo acontece nas demais missões. Sempre que novos contingentes policiais chegavam, os seus compatriotas ficavam responsáveis em fazer as “honras da casa” aos novatos já no aeroporto, inclusive com dispensa por parte dos chefes de seção e utilização de viaturas de suas respectivas unidades. Este procedimento era adotado com forma de facilitar a chegada dos replacements.
Cheguei antes do horário de chegada do vôo proveniente de Miami e fiquei esperando no lado de fora do aeroporto, tendo em vista que não nos permitiam permanecer na área de desembarque. Diferente dos aeroportos brasileiros, o Aeroporto Toussaint Louverture não possui área interna de acesso ao público, só entra quem for passageiro. O vôo não atrasou, no entanto, após a chegada do avião esperei por cerca de 01 hora até que o Major Agrício – PMDF – aparecesse no portão de saída do desembarque. Ele me explicou que a demora no interior do aeroporto ocorrera porque uma das malas do Tenente Cidral – PMSC – não havia sido embarcada em Miami e ele estava fazendo a reclamação no balcão da companhia America Airlines (a mala chegou no dia seguinte ou dois dias após, não recordo ao certo). Logo em seguida apareceu o Tenente Cidral acompanhado do Capitão Frederes, meu conterrâneo aqui do Rio Grande do Sul. Após os cumprimentos e apresentações, os conduzi até a LOGBASE (foto acima - Cap Frederes, Maj Agrício e Ten Cidral - a partir da esquerda) e os deixei com um UNPOL Nepalês responsável em dar início aos trâmites burocráticos de check-in na missão.
Naquela noite, como forma de marcar a data, os convidei para jantarmos em um restaurante próximo de casa a fim de comemorar o ano novo e conversarmos um pouco mais a respeito da missão. O Major Agrício preferiu permanecer em casa e estabelecer o primeiro contato com os familiares no Brasil. Como já escrevi em outro post, antes da meia noite, em virtude do “toque de recolher” que a ONU impunha ao seu staff, já estávamos em casa e pudemos ouvir os fogos de artifício da população local quando o relógio indicou o novo ano que chegava. Aquele foi o primeiro dia de um convivência de 6 meses que tive com aquele grupo de Oficiais, os quais passaram a ser a minha família no Haiti (foto abaixo em frente ao Palácio do Governo - Cap Frederes, Cap Marco e Maj Agrício).
Grande abraço ao contingente 2008!
Cheguei antes do horário de chegada do vôo proveniente de Miami e fiquei esperando no lado de fora do aeroporto, tendo em vista que não nos permitiam permanecer na área de desembarque. Diferente dos aeroportos brasileiros, o Aeroporto Toussaint Louverture não possui área interna de acesso ao público, só entra quem for passageiro. O vôo não atrasou, no entanto, após a chegada do avião esperei por cerca de 01 hora até que o Major Agrício – PMDF – aparecesse no portão de saída do desembarque. Ele me explicou que a demora no interior do aeroporto ocorrera porque uma das malas do Tenente Cidral – PMSC – não havia sido embarcada em Miami e ele estava fazendo a reclamação no balcão da companhia America Airlines (a mala chegou no dia seguinte ou dois dias após, não recordo ao certo). Logo em seguida apareceu o Tenente Cidral acompanhado do Capitão Frederes, meu conterrâneo aqui do Rio Grande do Sul. Após os cumprimentos e apresentações, os conduzi até a LOGBASE (foto acima - Cap Frederes, Maj Agrício e Ten Cidral - a partir da esquerda) e os deixei com um UNPOL Nepalês responsável em dar início aos trâmites burocráticos de check-in na missão.
Naquela noite, como forma de marcar a data, os convidei para jantarmos em um restaurante próximo de casa a fim de comemorar o ano novo e conversarmos um pouco mais a respeito da missão. O Major Agrício preferiu permanecer em casa e estabelecer o primeiro contato com os familiares no Brasil. Como já escrevi em outro post, antes da meia noite, em virtude do “toque de recolher” que a ONU impunha ao seu staff, já estávamos em casa e pudemos ouvir os fogos de artifício da população local quando o relógio indicou o novo ano que chegava. Aquele foi o primeiro dia de um convivência de 6 meses que tive com aquele grupo de Oficiais, os quais passaram a ser a minha família no Haiti (foto abaixo em frente ao Palácio do Governo - Cap Frederes, Cap Marco e Maj Agrício).
Grande abraço ao contingente 2008!
2 comentários:
Excelente depoimento, Marco.
TC Braga
Obrigado TCel Braga, em breve vou escrever sobre o dia da partida do contingente "Brabo".
Postar um comentário