O Presidente Timorense José Ramos-Horta declarou ontem em Dili que é normal que existam pontos de tensão entre a polícia da ONU e a polícia Timorense, bem como entre militares da ONU e militares locais. Salientou que isto não é um privilégio do Timor Leste e que faz parte do processo de estabilização em qualquer país onde tropas internacionais estejam.
A suposta tensão entre as duas polícias foi noticiada durante a semana pela imprensa timorense a qual deu como motivo principal do problema a atuação da PNTL - Polícia Nacional do Timor Leste - em operações policiais autônomas em áreas ainda controladas pela UNPOL. Estas operações seriam contra uma gangue de lutadores de artes marciais conhecida com ninjas. Soma-se a isso o fato de a imprensa local ter publicado que a UNPOL vem sofrrendo críticas constantes da população por, segundo a imprensa timorense, não estar conseguindo manter a segurança em determinadas áreas da capital.
Com relação a esta afirmação o Presidente Ramos-Horta destacou o trabalho realizado pela UNPOL e creditou as críticas à elevada expectativa da população em relação ao trabalho dos policiais internacionais. Cumprimentou o Police Commissioner, o comissário Carrillo, pelo excelente trabalho à frente da UNPOL, salientando que não é tarefa fácil conduzir um efetivo composto por policiais de diversas partes do mundo com características, formação e cultura diferentes.
Fonte: Blog Timor Lorosae Nação
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