sábado, 8 de maio de 2010

MINUSTAH - Capitão Tadeu PMERJ já está trabalhando na DIROPS

O Capitão Tadeu - PMERJ - (Foto: terceiro da esq. para direita) chegou ao Haiti no dia 21 de abril e, após passar pela semana de Induction Training, foi designado para a unidade de planejamento de operações, onde já trabalha o Capitão Algenor - PMAM. Como isso o Capitão Tadeu dá continuidade à tradição brasileira na Diretoria de Operações - DIROPS - da MINUSTAH.
Como a maioria dos policiais brasileiros que são designados para uma missão de paz em que tenham que levar armamento e munição consigo, o Capitão Tadeu também teve que enfrentar uma série de problemas durante a sua viagem de ida para Porto Príncipe. Cabe destacar que das atuais missões em que temos policiais apenas na do Sudão o UNPOL trabalha desarmado.
Com o embarque inicialmente previsto para o dia 06 de abril o Capitão Tadeu teve que adiar a viagem tendo em vista problemas com a documentação para o embarque da arma e munições. Providenciado o documento que estava faltando, o embarque ocorreu no dia 20 de abril, mas os problemas persistiram no decorrer da viagem, conforme relata o próprio Capitão Tadeu.
"Embarquei no dia 20 de abril para Miami, onde fiz conexão para Porto Príncipe, chegando à capita haitiana no dia 21 por volta das 10:30 da manhã. O embarque no RJ, depois de todo o problema no dia 06, foi tranquilo. Durante os últimos 14 dias no RJ, o TC Baganha (que parece que foi recentemente promovido a CEL) já tinha conseguido o documento que a TAM tanto queria. Recebi o documento por e-mail no dia anterior ao embarque e tudo foi tranquilo. O problema foi em Miami...Quando desembarquei procurei um funcionário da Tam que prontamente me informou que minhas malas iriam direto para o avião da Air France. Até aí tudo bem, mas e a minha arma??? ele fez contato via rádio e sumiu por uns minutos... logo depois apareceu carregando minha arma, me entregou e me disse para me dirigir a alfândega americana para as verificações de praxe... até aí, tudo bem de novo! olharam minha documentação e me liberaram sem maiores problemas.... Segui, eu e minha arma, para o balcão da Air France e aí, começou a novela de novo... A gerente da empresa no local disse que poderia embarcar com minha arma, mas as munições não poderiam ir... disse que para o tranporte de munições eu teria que ter pedido uma autorização para a empresa pelo menos uma semana antes... tentei argumentar, mostrei minha identidade, meu passaporte, todos os documentos de que dispunha, falei que ninguém me orientou sobre isso e nada... fui enviado para o TSA e conversei com o oficial de lá... ele ainda tentou, mais uma vez, dobrar a gerente, mas voltou da sala dela desiludido, pedindo mil desculpas, mas dizendo que era norma da EMPRESA....Resultado, fui embora e minha munição ficou retida na empresa em Miami.... era isso ou perderia a conexão e o vôo... Cheguei a Porto Príncipe e relatei o ocorrido ao CEL Baganha, e depois disso, não sei de mais nada....
Sorte que os brazucas tem munição sobrando, porque se fosse depender dos UNPOL, tava ferrado pois todo mundo aqui trabalha com 9 mm.
De resto, tudo tranquilo!!
Grande abraço
Tadeu
"
Aproveito este relato do Capitão Tadeu, juntamente com os relatos dos demais Oficiais que enfrentaram problemas em suas viagens, para lançar a idéia do "ciclo completo". Independentemente de quem seja o responsável pelo processo de seleção dos policiais brasileiros para compor uma missão de paz ( COTER, SENASP, Ministério da Justiça, etc...) este órgão também deverá ser responsável pela "entrega" do policial na missão, bem como pelo seu retorno ao Brasil, pois certamente os policiais que estão no Haiti e no Timor Leste voltarão a passar pelos mesmos problemas com suas armas e munições quando tiverem que retornar ao final da missão.
Atualmente a IGPM/COTER seleciona, indica, solicita os documentos de praxe da ONU (CV, exames médicos, etc...) nos "leva" até a fila do check-in e depois disso, implicitamente, ouvimos um sonoro "Te vira!". Em outras palavras, é cada um por si. É impossível acreditar que em todos esses anos o setor responsável ainda não saiba quais são os documentos e procedimentos necessários para que o policial embarque armado. São apenas 2 Missões (Timor e Haiti), as rotas de viagem, os países em que se faz conexão e as companhias aéreas são sempre as mesmas. Onde está a dificuldade? Será que o COTER, de posse do roteiro de viagem do Capitão Tadeu, não poderia ter feito um contato institucional prévio com a Air France e solucionar o problema da munição que o referido oficial teve que deixar em Miami? Segundo o Tadeu o problema foi meramente burocrático, uma solicitação que deveria ter sido feita com antecedência de uma semana, ou seja, o contato institucional resolveria o problema antes que ele acontecesse.
Portanto, "Ciclo Completo" tem que ser a bandeira dos UNPOLs.

4 comentários:

Zan disse...

Capitão Tadeu!!!
suuuuuuuucesso!!!!
bZZos!!

Unknown disse...

Amigooooooo!!
Estamos aqui torcendo por você!
Me inscrevi pro curso, mas vai ter seleção! Tomara q eu consiga!
Bjks. Fica com Deus!

Kelayne disse...

Cap Tadeu!
Toda sorte para vc e que o seu objetivo seja alcançado...SUCESSO!!!
Amigo, Deus te abençoe. Bjks

Antonio Luiz Cadete Pedroza disse...

Capitão Antonio Tadeu,
Saiba que sua missão neste local devastado é de uma nobresa infinita.
A ajuda dada aos que precisam é uma avalanche de solidariedade e compaixão ao próximo.
Me sinto honrado em saber que um amigo está neste momento ajudando, da forma que for, a essas pessoas que perderam suas casa, seus entes queridos, suas familias e quase perdem seu Pais.
Que Deus ilumine cada um dos que estão participando desta missão.
Vocês sim são os verdadeiros guerreiros e heróis dos Haitianos.
Abração
Antonio Luiz Cadete Pedroza